TEATRO
Vestido De
Noiva
Gabriela
Fontana e Lavínia Pannunzio (no fundo): Nelson Rodrigues renovado (Foto:
Marcelo Villas Boas)
Até 15 de dezembroTeatro do Núcleo ExperimentalSexta e sábado, 21h; domingo, 19h.A bilheteria abre uma hora antes.Ingresso: R$ 30,00
Tribo
Guilherme Magon, Eliete Cigaarini, Bruno Fagundes, Arieta Corrêa,
Maíra Dvorek e Antonio Fagundes: dificuldade para se comunicar (Foto: João
Caldas )
Resenha por Dirceu Alves Jr.
Na comédia dramática Vermelho (2012), Antonio Fagundes
apresentou o filho Bruno, hoje com 24 anos, ofcialmente ao público. Naquela
trama, um consagrado artista plástico e o jovem assistente viviam confitos, em
um inevitável jogo de espelhos. Menos de três meses depois do fim da turnê do
espetáculo, a dupla estreia a perturbadora e divertida comédia Tribos, escrita pela inglesa Nina Raine e dirigida por
Ulysses Cruz. Está explícito que a energia juvenil de Bruno contaminou o pai a
ponto de fazê-lo apostar em uma encenação moderna, com um elenco numeroso e sem
protagonismos, capaz de dialogar com diferentes gerações. Billy (papel de
Bruno) nasceu surdo em uma família pouco convencional em que todos podem ouvir.
Os pais politicamente incorretos (vividos por Fagundes e Eliete Cigaarini) o
criaram em um casulo e não se conformam com a dependência dos outros dois flhos
(Guilherme Magon e Maíra Dvorek). A situação se desestabiliza de vez quando
Billy se apaixona por Silvia (a atriz Arieta Corrêa), uma garota que começa a
ensurdecer depois de adulta. Com diálogos afados e repletos de acidez, o texto
é estruturado em nove cenas que abordam a surdez metafórica nas relações
pessoais. Como sempre, Fagundes brilha ao aproveitar o histrionismo do
personagem, e Bruno mostra potencial na pele do defciente auditivo em busca de
identidade. Sobressai também Guilherme Magon. O ator investe em uma sutil
interiorização para fortalecer o irmão deprimido de Billy. Estreou em
14/9/2013. Até 15/12/2013.
Até 15 de
dezembro
Rua Monte Alegre, 1024 - Perdizes - São Paulo - SP
- Tel.: (11) 3124 9600
Sexta e sábado, 21h30;
domingo, 18h.
Bilheteria:
15h/20h (terça a quinta); a partir das 15h (sexta a domingo). Estacionamento
(R$ 6,00 a primeira hora).
Sexta e domingo: R$ 50,00
Sábado: R$ 60,00
Contrações
Débora e Yara: interpretações são o trunfo da
montagem (Foto: Rodrigo Hypólito)
Resenha por Dirceu Alves Jr.
Dá gosto ver Débora Falabella no palco. Estrela das
novelas da Rede Globo, ela poderia desfrutar das férias na emissora
dedicando-se a qualquer outra atividade, como boa parte de seus colegas costuma
fazer. Mas Débora é uma atriz também de teatro e prefere estar no palco.
Durante o mês de setembro, o seu Grupo 3, completado pela atriz e diretora Yara
de Novaes e pelo diretor e pesquisador Gabriel Fontes Paiva, ocupou o Teatro
Sérgio Cardoso com três espetáculos, A
Serpente, O Continente Negro e O Amor e Outros Estranhos Rumores. A estreia da tragicomédiaContrações no Centro Cultural Banco do
Brasil vai além de mostrar um trabalho inédito. Sob a direção de Grace Passô, a
montagem do Grupo 3 traz para o público um bom espetáculo, apoiado em uma
temática contemporânea, de opções estéticas arrojadas – algumas discutíveis – e
de diálogo acessível ao público.
Escrito pelo inglês Mike Bartlett, o texto foi
encenado por Zé Henrique de Paula sob o título de O
Contrato em
2011. Se a leitura anterior privilegiava os diálogos sarcásticos e tinha o ator
Sergio Mastropasqua e a atriz Renata Calmon como a dupla principal, a atual
montagem foge de qualquer realismo para representar essa visão autoritária do
mundo corporativo. O fato de ser protagonizado por duas mulheres, como manda o
original, amplia as possibilidades de leituras, inclusive a do espelhamento
entre as duas. Yara de Novaes interpretada a gerente linha-dura, que, um belo
dia, faz um alerta para uma de suas funcionárias, a jovem e eficiente Emma
(papel de Débora): não é permitida nenhuma relação sentimental ou sexual entre
colegas de trabalho. Em sucessivos encontros, o abuso de poder e as tentativas
de manipulação da superior em relação à empregada só tomam tintas mais fortes
e, em situações que beiram o absurdo, a chefe testa até que ponto Emma é capaz
de segurar o vale-tudo capitalista.
No bate-bola de interpretações, Débora é mais
interiorizada e transmite as surpresas, raiva e abnegação da personagem. Ela
investe no olhar e na transformação da postura e, aos poucos, vai ficando
curvada e com os movimentos mais lentos. Em contrapartida, Yara esbanja uma
intensidade crescente, principalmente por explorar mais a voz e reforçar o
caráter amargo e a vilania da personagem. Contradições perde fôlego em
propostas abstratas de direção – uma das marcas de Grace Passô –, como a ideia
do prólogo e as excessivas cenas da personagem Emma tocando na bateria. Na
primeira vez, fica evidente a boa sacada. Depois, é pura repetição. O
equilíbrio das interpretações, no entanto, é o grande trunfo da encenação e
prova que, mesmo em um palco vazio, o efeito não seria menor. Estreou em
19/10/2013. Até 9/12/2013.
Até 09 de
dezembro
Rua Álvares Penteado, 112 - Centro - São Paulo - SP
- Tel.: (11) 3113 3651
Segunda, 20h; sábado,
17h30h e 20h; domingo, 18h.
Bilheteria:
9h/20h (segunda a domingo). Local da apresentação: Teatro.
Ingresso: R$ 10,00
CINEMA
Belos Dias
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
Caroline (Fanny Ardant) tem 60 anos, duas filhas na
faixa dos 30, é casada e dentista aposentada. Além de ter perdido a melhor
amiga para o câncer meses atrás, seu cotidiano caiu na mesmice. Ela começa a
frequentar um clube da terceira idade e acaba sentindo atração por Julien
(Laurent Laftte), um jovem professor de informática. O cara corresponde com
beijos, amassos e sexo casual. Ele está a fim de uma aventura. Caroline, por
sua vez, redescobriu a paixão nos braços de um homem com idade para ser seu
filho. A diretora Marion Vernoux acerta no tom do romance. Não há julgamentos
morais e, sim, uma prudente reflexão sobre o desgaste das relações conjugais e
a descoberta de novos prazeres numa faixa etária na qual muitos entregam os
pontos. Luminosa numa cabeleira loira, a classuda Fanny Ardant, viúva do
cineasta François Truffaut (1932–1984), encontra aqui um papel que, sem cair na
vulgaridade, irradia felicidade pelas ruas de Dunquerque, no norte da França.
Estreou em 11/10/2013.
Horários
e salas - Até 14 de novembro
Avenida Paulista, 900 - Bela Vista - São Paulo - SP
- Tel.: (11) 3287 3529
Legendado
Sala 1
16h25, 20h, 21h40
Serra Pelada
Resenha por Miguel Barbieri Jr.
A
competente produção de época e o trabalho dos atores sobressaem nessa visão do
diretor Heitor Dhalia (À Deriva) para o maior garimpo da história. Serra Pelada
foi recriada com ricos detalhes, incluindo imagens de arquivo e até cenas
de Os Trapalhões na Serra Pelada, de 1982. No drama, que tem
início em 1980, os amigos de infância Juliano (Juliano Cazarré) e Joaquim
(Júlio Andrade) saem de São Paulo em busca de ouro no sul do Pará. Embora
inseparáveis, eles não possuem muitas coisas em comum. Juliano, ex-boxeador,
resolve os problemas com os miolos quentes, enquanto o reservado Joaquim perdeu
o emprego de professor e, certinho, tem uma esposa à espera do primeiro filho.
Não demora muito para eles comprarem o próprio espaço de exploração e contratar
garimpeiros para o serviço pesado. A riqueza, contudo, vai causar uma
traumática separação. Além da fulgurante interpretação de Cazarré (em um de
seus melhores momentos no cinema), Sophie Charlotte mostra-se um arraso de
sensualidade na pele de uma ex-prostituta. Sem arriscar numa visão mais
autoral, Dhalia, também um dos roteiristas, faz um filme comedido na ambição e
redondo no acabamento. Estreou em 18/10/2013.
Horários
e salas - Até 14 de novembro
Avenida Regente Feijó, 1759 - Vila Regente Feijó -
São Paulo - SP - Tel.: (11) 2164 7790
Nacional
Sala 4
13h10, 17h30, 21h50
OBS: Consulte o link do site, o filme está
sendo exibido em várias salas de cinema. Com certeza haverá mais perto de você.
ESPECIAIS
É grátis
Mostras, passeios e peças são algumas das opções.
A Madrinha
Embriagada
Resenha por Milena Emilião
Um musical dentro de uma comédia. A definição dos
autores Bob Martin e Don Mc Kellar revela-se igualmente perfeita para a versão
brasileira do espetáculo, adaptada com brilho pelo também diretor Miguel
Falabella. Ambientada na São Paulo dos anos 20, a trama divertida e simples
traz uma madrinha (a travessa Stella Miranda) contratada para pajear uma atriz
(Sara Sarres) às vésperas do casamento. Enquanto a história se passa, um
narrador (papel de Ivan Parente) explica à plateia alguns truques usados no
musical. Ele chega a interromper a montagem para mostrar, por exemplo, que os
esquetes feitos com as cortinas fechadas servem para trocar os cenários entre
um ato e outro. Esses momentos fazem o público rir. Falabella homenageia no
texto alguns intérpretes brasileiros importantes — caso da corista cômica
vivida por Kiara Sasso, uma referência à atriz Eva Todor. O elenco reúne ao
todo 25 integrantes, entre eles Saulo Vasconcelos, Paula Capovilla e Andrezza
Massei. Estreou em 17/8/2013. Até 29/6/2014.
Preste
atenção... nos
belos figurinos criados pelo estilista Fause Haten.
Garanta seu lugar: os ingressos ficam disponíveis sempre a
partir do dia 20 do mês anterior.
Até 29 de
junho
Avenida Paulista, 1313 - Bela Vista - São Paulo -
SP - Tel.: (11) 3146 7406
Quarta a sexta, 21h;
sábado, 16h e 21h; domingo, 19h.
Reserva
de ingressos pelo site www.sesisp.org.br/ingressomadrinha. Os ingressos
remanescentes serão distribuídos no dia do espetáculo na bilheteria a partir
das 13h (quarta a sábado) e das 11h (domingo).
Ingresso: Grátis
Exposições › Infantil
Mais de Mil
Brinquedos para a Criança Brasileira
Resenha por Bruna Ribeiro
A
mostra Mais de Mil Brinquedos para a Criança Brasileira mexe com a memória dos
adultos e encanta as crianças. Entre os 6.000 objetos há itens que datam da
década de 30 até os dias atuais. As curadoras Renata Meirelles e Gandhy Piorski
reuniram brinquedos artesanais, eletrônicos e de coleções particulares que
ocupam uma área de 2.000 metros quadrados. Vera Hamburger cuidou da cenografia
e da direção de arte. Para (tentar) não perder nenhum detalhe, o ideal é
visitar a exposição seguindo os cinco espaços temáticos. O Mínimo e as Mãos
exibe miniaturas feitas por artesãos, como a obra Parque de
Diversões, do
Mestre Molina, que foi colaborador do Sesc e responsável pela confecção de
peças para a unidade da Pompeia de 1986 a 1998. A criação traz gangorra,
carrossel e roda-gigante pequeninos. A seção As Mãos e a Vontade mata a
curiosidade de quem quer saber como funciona um brinquedo por dentro. Não deixe
de passar pelos carros, trens e autômatos da área Ânima e Mecanismos. Em Imagem
e Similitude, chama atenção uma boneca grega do século V a.C. feita de barro,
assim como as populares Fofolete e Moranguinho. Por fim, Tecnologias de Voo
representa uma pista de pouso e decolagem, com foguetes, petecas, aviões e
pipas. Até 2/2/2014.
Até 02 de
fevereiro
Rua Clélia, 93 - Água Branca - São Paulo - SP -
Tel.: (11) 3871 7700
Terça a domingo e
feriados, 10h às 19h.
Recomendado
a partir de 3 anos.
Entrada: Grátis
ESPORTES
Ciclovia da
Marginal Pinheiros
Ciclovia da Marginal Pinheiros (Foto: Adriano
Vizoni) ABRE TODOS OS DIAS
Resenha por Marcus Oliveira
Paralela à Linha 9 – Esmeralda, da Companhia
Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), a ciclovia que margeia o Rio Pinheiros
possui 21 quilômetros. Os ciclistas contam com cinco acessos: estações Santo
Amaro, Jurubatuba e Vila Olímpia, Ponte Cidade Universitária e Avenida Miguel
Yunes (altura do número 300). O trajeto receberá até novembro mais 2,8
quilômetros e pretende atender 15 000 pessoas. Diariamente, 5h30 às 18h30.
Grátis.
Bares
bacanas para curtir no centro
Do clássico Bar Brahma a endereços descolados como
os novos JazzB e Purgatorium 90, endereços na região central que valem uma
visita
A região central agrupa casas
bacanas para quem quer dividir um petisco entre amigos ou tomar um chopinho
gelado. Que tal aproveitar uma caminhada pela vizinhança para conhecer, por
exemplo, o icônico Bar Brahma, o mais famoso botequim da
cidade? A poucos metros dali, aliás, fica outro cartão de visitas paulistano,
o Bar Léo, que depois de alguns meses
fechado, em 2012, voltou a ter um chope caprichado.