Show de Beth Carvalho
Resenha por Carol Pascoal
“Quem me viu, quem me vê, a tristeza acabou”, diz um verso de Minha Festa. Não foi à toa que a cantora escolheu essa música — de autoria de Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito — para abrir a apresentação realizada no dia 7 de setembro, no Rio de Janeiro. A exibição marcou o retorno da madrinha do samba aos palcos após um ano e meio afastada devido a um problema na coluna. Além dessa, canções de tom otimista marcaram aquela noite, caso de Coração Feliz. Na sexta (18/10/2013), Beth Carvalho traz o mesmo espetáculo ao HSBC Brasil. Intitulada Nosso Samba Tá na Rua, que também é o nome do disco lançado por ela em 2011, a performance lista faixas do trabalho, entre elas Tambor e Tô Feliz Demais. Os melhores momentos devem ser garantidos por pérolas conhecidas pelo público, a exemplo de O Mundo É um Moinho e As Rosas Não Falam, ambas de Cartola. Dez instrumentistas e duas vozes de apoio fazem o acompanhamento.
Resenha por Tatiane Rosset
Em sua décima edição, o evento traz o tema “Cidade: modos de fazer, modos de usar, modos de agir”. Pela segunda vez, será realizado fora do pavilhão da Bienal e, neste ano (2013), ocupará vários lugares. Entre eles, o Centro Cultural São Paulo, que abrigará a exposição O Espetáculo do Crescimento. Produzida pela equipe de curadoria da Bienal, aborda o crescimento das cidades médias do Norte e do Nordeste. Na Praça Victor Civita haverá a mostra Cidades no Deserto, que trata sobre questões como moradia e água. Estão previstos ainda oficinas, debates e lançamentos de publicações. De 12/10/2013 a 1º/12/2013.
Resenha por Dirceu Alves Jr.
Nas últimas duas décadas, o universo feminino inspirou uma série de peças - a maioria delas sob o ponto de vista cômico e pouco aprofundadas. Em 1936, o dramaturgo e poeta espanhol Federico García Lorca (1898-1936) criou essa densa trama. Com a voz empostada e uma frieza calculada, Walderez de Barros interpreta Bernarda, que usa a mão de ferro para controlar a família. Depois da morte do marido, a matriarca decreta um luto de oito anos para as cinco filhas (vividas por Bruna Thedy, Isabel Wilker, Mara Carvalho, Tatiana de Marca e Victória Camargo) sob o olhar crítico das duas criadas (as atrizes Patricia Gasppar e Fernanda Cunha). O aparecimento de um homem, interessado em se casar com uma delas, desestabiliza a família. Mesmo nunca presente em cena, o personagem se torna responsável pelo conflito instaurado. Sob a segura direção de Elias Andreato, a montagem comprova o quanto as dores, ansiedades e desafios das mulheres seguem atemporais. A iluminação soturna criada por Wagner Freire valoriza o cenário de Fabio Namatame, alusivo a uma cela de prisão. Em meio ao elenco, Bruna Thedy demonstra talento e surpreende pela dramaticidade emprestada à caçula Adela. Patricia Gasppar, por sua vez, valoriza a empregada Poncia e divide o brilho com Walderez nos momentos em que investem no confronto velado (80min). 14 anos. Estreou em 14/9/2013. Até 1º/12/2013.
Fonte: Revista Veja
http://vejasp.abril.com.br/atracao/a-casa-de-bernarda-alba-elias-andreato